domingo, 28 de agosto de 2016

Ética – a opção metafísica e a pragmática. Bíblias, códigos formais e informais relacionam orientações, determinações, dogmas e preceitos que ilustram muito bem o nível intelectual das tribos e nações que os criaram. O conhecimento humano e o desafio de sobreviver em ambientes hostis assim como a necessidade de disciplinamento de multidões, inclusive de indivíduos que sempre tiveram a maravilhosa base para serem rebeldes, inovadores, assim como instintos, pulsões e força para contestar levaram sábios e líderes a associar “constituições”, leis, normas e critérios de julgamento a poderes muito acima da capacidade de confrontação dos seres humanos. Deuses e espíritos bons e maus foram extremamente importantes, talvez hoje mais ainda, para conter a selvageria e comportamentos indesejados pelos poderosos. Infelizmente a crença em um chefe todo poderoso, um ser que premia ou pune os descrentes ou desafiantes também sustenta fanáticos que podem ultrapassar todas as fronteiras do respeito ao ser humano. Códigos morais sempre foram, eventualmente, foram pragmáticos. Note-se que pragmatismo é um conceito desenvolvido no século 19 , mas, na prática, sempre existiu. Entre pensadores e formuladores de teorias morais evoluiu para uma proposta de raciocínio eficaz , algo com muitos desdobramentos no mundo do gerenciamento de empresas, por exemplo. A visão pragmática (Pragmatismo) é diferente da utilitarista , pois acima de tudo propõe a racionalização da vida e não a subordinação a visões imediatistas de custo e benefício. É sempre importante lembrar que a Humanidade foi, acima de tudo, utilitarista. Os sacrifícios, fogueiras, degredos, diásporas e cruzadas, penitências e vidas de isolamento social instrumentalizaram a “economia” do medo e da fé. As propostas morais existiram e estão por aí a serviço dos poderosos. Na luta para conter transformações indesejadas àqueles que ocupam cargos de comando inventaram os dogmas , os tabus , cláusulas pétreas e maldições que travaram o desenvolvimento humano, pois, como disse Bertrand Russell em seu livro (Principles of Social Reconstruction): “A certeza absoluta é por si só suficiente para impedir qualquer progresso mental naqueles que a possuem”. Isso é mais do que evidente ao longo da História da Humanidade... A incapacidade do ser humano de fazer afirmações sobre a existência de Deus é o que, paradoxalmente, mais impressiona. Em sua diminuta grandeza qualquer pensador, por maior que seja, estará muito longe de qualquer base de demonstração do que pretenda afirmar. Mais e mais, à medida que nosso conhecimento sobre a complexidade dos seres e a essência deles assim como a dimensão incalculável do universo levam-nos a questionar crenças e convicções. Podemos transcrever o conceito “Epistemologia” endossando a hipótese da impossibilidade (Wikipédia em 23 de dezembro de 2013): Epistemologia (do grego ἐπιστήμη [episteme] - ciência; λόγος [logos] - estudo de), também chamada de teoria do conhecimento, é o ramo da filosofia que trata da natureza, das origens e da validade do conhecimento. A epistemologia estuda a origem, a estrutura, os métodos e a validade do conhecimento, motivo pelo qual também é conhecida como teoria do conhecimento. Relaciona-se com a metafísica, a lógica e a filosofia da ciência, pois, em uma de suas vertentes, avalia a consistência lógica de teorias e suas credenciais científicas. Este facto torna-a uma das principais áreas da filosofia (à medida que prescreveria "correções" à ciência). A sua problemática compreende a questão da possibilidade do conhecimento - nomeadamente, se é possível ao ser humano alcançar o conhecimento total e genuíno, dos limites do conhecimento (haveria realmente uma distinção entre o mundo cognoscível e o mundo incognoscível?) e da origem do conhecimento (Por quais faculdades atingimos o conhecimento? Haverá conhecimento certo e seguro em alguma concepção a priori?). O pragmatismo é sensível na reação das pessoas quando se diz a elas que não acreditamos em Deus: “então podemos fazer qualquer coisa?”. A figura de um Criador do Universo é uma simplificação que conduz a outras teses, acima de tudo ao que denominamos moral. Afinal, se alguém cria alguma coisa pretende extrair dela algum resultado. Ou seja, nada mais natural do que produzir livros e aulas sobre a vontade divina. Nesse intuito aconteceram as escolas filosóficas e universidades . Já na idade Média as Primeiras Universidades no mundo ocidental apareceram. Ironicamente a formação de escolas e universidades gerou a diversidade intelectual, provavelmente em pleno conflito com as vontades daqueles que as dirigiam. O ser humano é complexo demais para simplificações, assim até a capacidade de enfrentar os deuses era um estímulo aos pensadores e personagens mitológicas como foi Ulisses (Odisseu) após a Guerra de Tróia (Guerra de Tróia). Mais concretamente encontramos algumas pessoas que mudaram caminhos da Civilização Ocidental, assim como eventos decisivos, tais como a Independência dos Estados Unidos da América do Norte e a Revolução Francesa. É importante registrar que o número de mártires da inteligência humana, de pessoas geniais, cultas e criativas, suficientemente rebeldes para discordar é incontável e desconhecido. Vale, contudo, para motivar pensamentos, estudar, ler e ver obras de tempos modernos, quando a tecnologia e o rompimento das barreiras criadas pelos senhores das trevas agora permite o prazer de conhecer pessoas extraordinárias que se destacaram na luta contra os imperadores de consciências. Escrever, conceituar e propor algum padrão ético é relativamente fácil quando tudo é precedido pela aceitação de alguma religião política ou metafísica; ao contrário, escrever e desenvolver um conjunto de propostas “morais” sem conexão metafísica é fundamental para uma enorme vivência universal, compartilhando conhecimentos com o atrevimento de dizer algo mais e diferente. Estabelecer base para a Ética do Século 21 significa construir algo fora das facilidades dos milagres e revelações. Não pode ofender fanáticos, é um caminho improdutivo. Pensar e expressar convicções comportamentais no século 21 deverá ter como base um medo universal concreto, algo que intimide as pessoas e as faça pensar sobre seus hábitos e ações. Infelizmente o medo é justo e necessário. A Humanidade está em situação de extrema fragilidade. Paradoxalmente o seu desenvolvimento tecnológico criou uma interdependência planetária, ou seja, qualquer catástrofe em alguma grande região afetará violentamente as demais. Mais ainda, os jovens estão sendo educados a viverem com imensas facilidades artificiais. O planeta Terra passou por um período de relativa estabilidade, ainda que a Humanidade tenha, como sempre, sofrido agressões absurdas, inacreditáveis, o que nos autoriza a temer repetições. Essa combinação de riscos galácticos e microscópicos aconselham esforços de educação e orientações comportamentais mais seguras, sustentáveis. Do geral para os detalhes podemos partir da proposta de um código de ética universal, aplicável a todos os seres humanos e que contenha orientações básicas. Obviamente a aceitação de propostas morais sofisticadas depende da inteligência humana. Aí a grande esperança, a de que algum processo de desenvolvimento viabilize a utilização maior do cérebro, estimulando a racionalidade. Temos um grande potencial governado por glândulas que podem ser trabalhadas para maior eficácia. É algo que começa, talvez, a ser feito em grandes e secretos laboratórios. A generalização da racionalidade não interessa aos defensores da vida no Além nem a lideranças oportunistas. Isso sempre limitou a inovação e o crescimento de todos nós. Aos poucos, contudo, poder-se-á furar, talvez, as censuras e blindagens religiosas e ideológicas. A construção de um código de ética laico e universal é importante para, no mínimo, preparar os seres humanos ao que possa acontecer. Temos códigos morais extremamente lindos, louváveis. Serão eficazes ou obstáculos à nossa sobrevivência? A melhor base de desenvolvimento é estudar a história de povos dominantes e dominados, fortes e vivos e civilizações extintas. O que têm a ensinar? Na vida dos povos podemos sentir nitidamente os efeitos de religiões com bases belíssimas, mas que significaram a ruína de e a morte de milhões de pessoas. Com certeza se o objetivo da nossa vida for a garantia de uma existência melhor em outro mundo a aceitação das leis religiosas é prioritária. Acreditando, contudo, que devemos lutar pela sobrevivência de todos os que nos cercam é imperativo ajustar filosofias, opções religiosas, políticas e materiais de modo a não termos dúvidas em relação ao que deveremos fazer para sobreviver, assim como os limites éticos de cada comportamento. O dilema de quem pode morrer afogado, a água sufocando e a possibilidade de salvamento de apenas uma pessoa é o melhor exemplo do que pretendemos alertar. O sobrevivente sairá dessa condição com complexo de culpa? Vai estragar sua vida? Os campos de concentração e ambientes de extrema miséria estão por aí para mostrar o que é a luta pela sobrevivência. A educação e o aprimoramento do ser humano precisam aceitar debates desagradáveis, mas necessários. O que devemos ensinar e aceitar? Até onde nossas limitações admitem auto sacrifícios? Sabemos viver sem religiões e crenças salvacionistas? Vivemos em condições extremamente competitivas, algo que é tão natural que até a concepção é fruto de uma corrida de espermatozoides. A realidade impõe a quem tem poder a necessidade de decisões constantes com imenso significado na vida de qualquer pessoa. Não é sem razão que se criam associações, organizações e compromissos de lealdade. Todos têm medo de serem prejudicados, ainda que não mereçam maiores considerações, exceto o “sou seu irmão”, companheiro, patrício, parente etc. O que não se pode esquecer é a importância da eficácia de nossas instituições, empresas, de todas as atividades que qualquer indivíduo exerça. A competência e a importância do sucesso são inquestionáveis. A dimensão dos cargos e funções implicam em códigos de ética específicos, algo que os teóricos e defensores da igualdade absoluta (normalmente dentro de suas confrarias) desprezam. A qualidade de vida e a sustentabilidade dependem mais e mais do sucesso. Se antes podíamos desaparecer porque éramos poucos e fracos diante de animais e tribos hostis, agora precisamos de serviços essenciais, de condições de convivência com multidões. Portanto, que padrões éticos podemos criar, aceitar e ensinar? João Carlos Cascaes Curitiba, 28 de julho de 2016 Guerra de Tróia. s.d. . Odisseu. s.d. 28 de 7 de 2016. . Pragmatismo. s.d. . Russell, Bertrand. Principles of Social Reconstruction. s.d. George Allen &


Bíblias, códigos formais e informais relacionam orientações, determinações, dogmas e preceitos que ilustram muito bem o nível intelectual das tribos e nações que os criaram. O conhecimento humano e o desafio de sobreviver em ambientes hostis assim como a necessidade de disciplinamento de multidões, inclusive de indivíduos que sempre tiveram a maravilhosa base para serem rebeldes, inovadores, assim como instintos, pulsões e força para contestar levaram sábios e líderes a associar “constituições”, leis, normas e critérios de julgamento a poderes muito acima da capacidade de confrontação dos seres humanos. Deuses e espíritos bons e maus foram extremamente importantes, talvez hoje mais ainda, para conter a selvageria e comportamentos indesejados pelos poderosos.
Infelizmente a crença em um chefe todo poderoso, um ser que premia ou pune os descrentes ou desafiantes também sustenta fanáti

Ética – a opção metafísica e a pragmática.

cos que podem ultrapassar todas as fronteiras do respeito ao ser humano.
Códigos morais sempre foram, eventualmente, foram pragmáticos. Note-se que pragmatismo é um conceito desenvolvido no século 19[1], mas, na prática, sempre existiu. Entre pensadores e formuladores de teorias morais evoluiu para uma proposta de raciocínio eficaz[2], algo com muitos desdobramentos no mundo do gerenciamento de empresas, por exemplo.
A visão pragmática (Pragmatismo) é diferente da utilitarista[3], pois acima de tudo propõe a racionalização da vida e não a subordinação a visões imediatistas de custo e benefício. É sempre importante lembrar que a Humanidade foi, acima de tudo, utilitarista. Os sacrifícios, fogueiras, degredos, diásporas e cruzadas, penitências e vidas de isolamento social instrumentalizaram a “economia” do medo e da fé.
As propostas morais existiram e estão por aí a serviço dos poderosos.
Na luta para conter transformações indesejadas àqueles que ocupam cargos de comando inventaram os dogmas[4], os tabus[5], cláusulas pétreas[6] e maldições que travaram o desenvolvimento humano, pois, como disse Bertrand Russell em seu livro (Principles of Social Reconstruction): “A certeza absoluta é por si só suficiente para impedir qualquer progresso mental naqueles que a possuem”. Isso é mais do que evidente ao longo da História da Humanidade...
A incapacidade do ser humano de fazer afirmações sobre a existência de Deus é o que, paradoxalmente, mais impressiona. Em sua diminuta grandeza qualquer pensador, por maior que seja, estará muito longe de qualquer base de demonstração do que pretenda afirmar. Mais e mais, à medida que nosso conhecimento sobre a complexidade dos seres e a essência deles assim como a dimensão incalculável do universo levam-nos a questionar crenças e convicções.
Podemos transcrever o conceito “Epistemologia” endossando a hipótese da impossibilidade (Wikipédia em 23 de dezembro de 2013):
Epistemologia (do grego ἐπιστήμη [episteme] - ciência; λόγος [logos] - estudo de), também chamada de teoria do conhecimento, é o ramo da filosofia que trata da natureza, das origens e da validade do conhecimento. A epistemologia estuda a origem, a estrutura, os métodos e a validade do conhecimento, motivo pelo qual também é conhecida como teoria do conhecimento. Relaciona-se com a metafísica, a lógica e a filosofia da ciência, pois, em uma de suas vertentes, avalia a consistência lógica de teorias e suas credenciais científicas. Este facto torna-a uma das principais áreas da filosofia (à medida que prescreveria "correções" à ciência). A sua problemática compreende a questão da possibilidade do conhecimento - nomeadamente, se é possível ao ser humano alcançar o conhecimento total e genuíno, dos limites do conhecimento (haveria realmente uma distinção entre o mundo cognoscível e o mundo incognoscível?) e da origem do conhecimento (Por quais faculdades atingimos o conhecimento? Haverá conhecimento certo e seguro em alguma concepção a priori?).
O pragmatismo é sensível na reação das pessoas quando se diz a elas que não acreditamos em Deus: “então podemos fazer qualquer coisa?”.
A figura de um Criador do Universo é uma simplificação que conduz a outras teses, acima de tudo ao que denominamos moral. Afinal, se alguém cria alguma coisa pretende extrair dela algum resultado. Ou seja, nada mais natural do que produzir livros e aulas sobre a vontade divina. Nesse intuito aconteceram as escolas filosóficas e universidades[7]. Já na idade Média as Primeiras Universidades no mundo ocidental apareceram.

Ironicamente a formação de escolas e universidades gerou a diversidade intelectual, provavelmente em pleno conflito com as vontades daqueles que as dirigiam.
O ser humano é complexo demais para simplificações, assim até a capacidade de enfrentar os deuses era um estímulo aos pensadores e personagens mitológicas como foi Ulisses (Odisseu) após a Guerra de Tróia (Guerra de Tróia).
Mais concretamente encontramos algumas pessoas que mudaram caminhos da Civilização Ocidental, assim como eventos decisivos, tais como a Independência dos Estados Unidos da América do Norte e a Revolução Francesa.
É importante registrar que o número de mártires da inteligência humana, de pessoas geniais, cultas e criativas, suficientemente rebeldes para discordar é incontável e desconhecido. Vale, contudo, para motivar pensamentos, estudar, ler e ver obras de tempos modernos, quando a tecnologia e o rompimento das barreiras criadas pelos senhores das trevas agora permite o prazer de conhecer pessoas extraordinárias que se destacaram na luta contra os imperadores de consciências.
Escrever, conceituar e propor algum padrão ético é relativamente fácil quando tudo é precedido pela aceitação de alguma religião política ou metafísica; ao contrário, escrever e desenvolver um conjunto de propostas “morais” sem conexão metafísica é fundamental para uma enorme vivência universal, compartilhando conhecimentos com o atrevimento de dizer algo mais e diferente.
Estabelecer base para a Ética do Século 21 significa construir algo fora das facilidades dos milagres e revelações. Não pode ofender fanáticos, é um caminho improdutivo. Pensar e expressar convicções comportamentais no século 21 deverá ter como base um medo universal concreto, algo que intimide as pessoas e as faça pensar sobre seus hábitos e ações.
Infelizmente o medo é justo e necessário.
A Humanidade está em situação de extrema fragilidade. Paradoxalmente o seu desenvolvimento tecnológico criou uma interdependência planetária, ou seja, qualquer catástrofe em alguma grande região afetará violentamente as demais. Mais ainda, os jovens estão sendo educados a viverem com imensas facilidades artificiais.
O planeta Terra passou por um período de relativa estabilidade, ainda que a Humanidade tenha, como sempre, sofrido agressões absurdas, inacreditáveis, o que nos autoriza a temer repetições.
Essa combinação de riscos galácticos e microscópicos aconselham esforços de educação e orientações comportamentais mais seguras, sustentáveis.
Do geral para os detalhes podemos partir da proposta de um código de ética universal, aplicável a todos os seres humanos e que contenha orientações básicas.
Obviamente a aceitação de propostas morais sofisticadas depende da inteligência humana. Aí a grande esperança, a de que algum processo de desenvolvimento viabilize a utilização maior do cérebro, estimulando a racionalidade. Temos um grande potencial governado por glândulas que podem ser trabalhadas para maior eficácia. É algo que começa, talvez, a ser feito em grandes e secretos laboratórios.
A generalização da racionalidade não interessa aos defensores da vida no Além nem a lideranças oportunistas. Isso sempre limitou a inovação e o crescimento de todos nós. Aos poucos, contudo, poder-se-á furar, talvez, as censuras e blindagens religiosas e ideológicas.
A construção de um código de ética laico e universal é importante para, no mínimo, preparar os seres humanos ao que possa acontecer.
Temos códigos morais extremamente lindos, louváveis. Serão eficazes ou obstáculos à nossa sobrevivência?
A melhor base de desenvolvimento é estudar a história de povos dominantes e dominados, fortes e vivos e civilizações extintas. O que têm a ensinar?
Na vida dos povos podemos sentir nitidamente os efeitos de religiões com bases belíssimas, mas que significaram a ruína de e a morte de milhões de pessoas. Com certeza se o objetivo da nossa vida for a garantia de uma existência melhor em outro mundo a aceitação das leis religiosas é prioritária.
Acreditando, contudo, que devemos lutar pela sobrevivência de todos os que nos cercam é imperativo ajustar filosofias, opções religiosas, políticas e materiais de modo a não termos dúvidas em relação ao que deveremos fazer para sobreviver, assim como os limites éticos de cada comportamento.
O dilema de quem pode morrer afogado, a água sufocando e a possibilidade de salvamento de apenas uma pessoa é o melhor exemplo do que pretendemos alertar. O sobrevivente sairá dessa condição com complexo de culpa? Vai estragar sua vida?
Os campos de concentração e ambientes de extrema miséria estão por aí para mostrar o que é a luta pela sobrevivência.
A educação e o aprimoramento do ser humano precisam aceitar debates desagradáveis, mas necessários.
O que devemos ensinar e aceitar? Até onde nossas limitações admitem auto sacrifícios?
Sabemos viver sem religiões e crenças salvacionistas?
Vivemos em condições extremamente competitivas, algo que é tão natural que até a concepção é fruto de uma corrida de espermatozoides. A realidade impõe a quem tem poder a necessidade de decisões constantes com imenso significado na vida de qualquer pessoa. Não é sem razão que se criam associações, organizações e compromissos de lealdade. Todos têm medo de serem prejudicados, ainda que não mereçam maiores considerações, exceto o “sou seu irmão”, companheiro, patrício, parente etc.
O que não se pode esquecer é a importância da eficácia de nossas instituições, empresas, de todas as atividades que qualquer indivíduo exerça. A competência e a importância do sucesso são inquestionáveis.
A dimensão dos cargos e funções implicam em códigos de ética específicos, algo que os teóricos e defensores da igualdade absoluta (normalmente dentro de suas confrarias) desprezam.
A qualidade de vida e a sustentabilidade dependem mais e mais do sucesso. Se antes podíamos desaparecer porque éramos poucos e fracos diante de animais e tribos hostis, agora precisamos de serviços essenciais, de condições de convivência com multidões.
Portanto, que padrões éticos podemos criar, aceitar e ensinar?
João Carlos Cascaes
Curitiba, 28 de julho de 2016

Guerra de Tróia. s.d. <http://www.sohistoria.com.br/ef2/guerratroia/>.
Odisseu. s.d. 28 de 7 de 2016. <https://pt.wikipedia.org/wiki/Odisseu>.
Pragmatismo. s.d. <http://pt.wikipedia.org/wiki/Pragmatismo>.
Russell, Bertrand. Principles of Social Reconstruction. s.d. George Allen & Unwin Ltd. <http://ia600201.us.archive.org/17/items/principlesofsoci00russiala/principlesofsoci00russiala.pdf>.





[1] O Pragmatismo constitui uma escola de filosofia estabelecida no final do século XIX, com origem no Metaphysical Club, um grupo de especulação filosófica liderado pelo lógico Charles Sanders Peirce, pelo psicólogo William James e pelo jurista Oliver Wendell Holmes, Jr., congregando em seguida acadêmicos importantes dos Estados Unidos.
Segundo essa doutrina metafísica, o sentido de uma ideia corresponde ao conjunto dos seus desdobramentos práticos.
O primeiro registro do termo pragmatismo ocorreu em 1898, tendo sido usado por William James. Este creditou a autoria do termo a Charles Sanders Peirce, que o teria criado no início dos anos 1870.
A partir de 1905 Peirce passou a usar o termo pragmaticismo para designar sua filosofia, rejeitando o nome original, pragmatismo, que estaria sendo usado por "jornais literários", de uma maneira que Peirce não aprovava. Wikipédia
[2] Nas palavras de William James: "O método pragmatista é, antes de tudo, um método de terminar discussões metafísicas que, de outro modo, seriam intermináveis. O mundo é um ou muitos? Livre ou fadado? Material ou espiritual? Essas noções podem ou não trazer bem para o mundo; e as disputas sobre elas são intermináveis. O método pragmático nesse caso é tentar interpretar cada noção identificando as suas respectivas consequências práticas (...). Se nenhuma diferença prática puder ser identificada, então as alternativas significam praticamente a mesma coisa, e a disputa é inútil. - Wikipédia
[3] Em Filosofia, o utilitarismo é uma doutrina ética que prescreve a ação (ou inação) de forma a optimizar o bem-estar do conjunto dos seres sencientes . O utilitarismo é então uma forma de consequencialismo, ou seja, ele avalia uma ação (ou regra) unicamente em função de suas consequências. Filosoficamente, pode-se resumir a doutrina utilitarista pela frase:
Agir sempre de forma a produzir a maior quantidade de bem-estar (Princípio do bem-estar máximo).
Trata-se então de uma moral eudemonista, mas que, ao contrário do egoísmo, insiste no fato de que devemos considerar o bem-estar de todos e não o de uma única pessoa. Antes de quaisquer outros, foram Jeremy Bentham (1748-1832) e John Stuart Mill (1806-1873) que sistematizaram o princípio da utilidade e conseguiram aplicá-lo a questões concretas – sistema políticolegislaçãojustiçapolítica econômica, liberdade sexual, emancipação feminina, etc. Em Economia, o utilitarismo pode ser entendido como um princípio ético no qual o que determina se uma decisão ou ação é correta, é o benefício intrínseco exercido à coletividade, ou seja, quanto maior o benefício, tanto melhor a decisão ou ação. Wikipédia
[4] Dogma é uma crença ou doutrina estabelecida de uma religiãoideologia ou qualquer tipo de organização, considerada um ponto fundamental e indiscutível de uma crença. O termo deriva do grego δόγμα, que significa "aquilo que aparenta; opinião ou crença" , por sua vez derivada do verbo δοκέω (dokeo) que significa "pensar, supor, imaginar". - Wikipédia
[5] Tabu é uma instituição de fundamento religioso que atribui caráter sagrado a determinados seres, objetos ou lugares, interditando qualquer contato com eles. Segundo Freud é a base da "Idolatria", política de políticos como Adolf Hitler e outros. Segundo Freud, a violação desse interdito provocaria um castigo divino uma "Maldição", uma "Herança Maldita" provocado pelos seguidores, que incidiria sobre o indivíduo culpado ou sobre todo o grupo social, donde segundo sua Ideologia licenciaria a prática do Terrorismo, aos seus "inimigos", a prática de uma antiga sociedade marxista denominada "Mão Negra" que caçavam os Nobres e os Clericais de 1848 em diante, não se sabe se essa sociedade clandestina ainda existe.
[6] Cláusulas pétreas são limitações materiais ao poder de reforma da constituição de um Estado. Em outras palavras, são dispositivos que não podem ter alteração, nem mesmo por meio de emenda, tendentes a abolir as normas constitucionais relativas às matérias por elas definidas.  Wikipédia
[7] Dentro da definição moderna, as primeiras universidades surgiram na Europa medieval, durante o renascimento do Século XII, a primeira delas foi a de Bolonha, no norte da Itália. Isso acontece no século XI, em 1088, quando o ensino da cidade se tornou livre e independente das escolas religiosas. A Universidade de Bolonha é assim considerada a mais antiga do Mundo e a primeira da História.
Numa definição mais abrangente, a Academia, fundada em 387 a.C. pelo filósofo grego Platão no bosque de Academos próximo a Atenas, pode ser entendida como a primeira universidade. Nela os estudantes aprendiam filosofiamatemática e ginástica. Não constituía, entretanto, realmente uma universidade, porquanto cada pensador fundava uma escola para repassar seus conhecimentos, não para debatê-los. Contudo só na Idade Média foi que as universidades ganharam corpo e foram estabelecidas pela Igreja Católica onde seus alunos aprendiam disciplinas relacionadas com a fé, como teologia, filosofia e idiomas.
As primeiras universidades da Europa foram fundadas na Itália e na França para o estudo de direitomedicina e teologia. Antes disso, instituições semelhantes existiam no mundo islâmico, sendo a mais famosa a do Cairo. Na Ásia, a instituição de ensino superior mais importante era a de Nalanda, em BiharÍndia, onde viveu no século II o filósofo budista  Nagarjuna. Wikip

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